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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

- Wake up alone -

Andar pelas ruas já não funciona mais. Pegar o carro rodar a cidade em busca de algo que não se conhece, algo tão interessante ao ponto de me fazer esquecer que um dia você foi minha. Paro em frente ao mar, vejo a lua tão solitária quanto eu, e ainda sim mostra o seu brilho sobre o mar, deixando-o mais belo, mais atraente. No mar descarto você da minha mente, fazendo você sumir do lugar onde nunca mereceu estar. A solidão é a dor mais angustiante que um coração pode sentir, um sentimento negro que escurece o mais colorido jardim. Deito minha cabeça na areia e nessa noite tão fria sinto algo quente descer do meu rosto, algo que a muito tempo estava preso, algo que quanto mais caía mais me trazia conforto, alívio. A quanto tempo eu não chorava, a quanto tempo eu não sentia a sensação de uma lágrima escorrendo em meu rosto. Acho que devo te agradecer por isso, me fez lembrar o quanto eu sou humano e o quanto eu devo sentir amor (por mim mesmo) sem menosprezar outras pessoas que estão ao meu redor. A brisa quase congelante passa suavemente em meu rosto, fazendo secar as lágrimas derramadas. Fecho meus olhos e é como se essa brisa fizesse me sentir uma nova pessoa e realmente era o que estava acontecendo. Levanto e depois de um bom tempo olhando as estrelas, sigo meu rumo, mas não volto a ser quem um dia eu fui.

Agora, sim, está tudo ok! Estou em casa, olho pra cama e por um instante (de loucura) percebo que ela está vazia e que vou acordar sozinho amanhã... Mas sorrio e vejo que isso já não é  mais tão mal assim.


Moon spilling in
And I wake up alone